terça-feira, 6 de julho de 2010

O Currículo escolar e os cadernos de Filosofia

- Na Proposta Curricular do Estado de São Paulo: Filosofia, 2008 (p.8), a escola é vista como “espaço da cultura e de articulação de competências e conteúdos disciplinares”

- A prioridade, na sociedade do conhecimento é a competência de leitura e de escrita.

- O “Projeto Pedagógico organiza o trabalho nas condições singulares de cada escola” e ele deve ser, de fato, um recurso para assegurar a aprendizagem dos alunos.

- A aprendizagem é o resultado da “coordenação de ações entre as disciplinas” e do “estímulo à vida cultural da escola e do fortalecimento de suas relações com a comunidade”.

- Os cadernos apresentam “situações de aprendizagem” para orientar o trabalho do professor, com “sugestões de métodos e estratégias de trabalho nas aulas, experimentações, projetos coletivos, atividades extraclasse e estudos interdisciplinares”.

- A educação oferecida aos jovens deve ser “à altura dos desafios contemporâneos”, de uso intensivo do conhecimento, “seja para trabalhar, conviver ou exercer a cidadania, seja para cuidar do ambiente em que vive”.

- Vivemos o produto da “revolução tecnológica que se acelerou na segunda metade do século passado e dos processos políticos que redesenharam as relações mundiais, (que) já está gerando um novo tipo de desigualdade, ou exclusão, ligada ao uso das tecnologias".

- A escola, com a democratização do acesso, tornou-a um “lugar privilegiado para o desenvolvimento do pensamento autônomo, que é condição para uma cidadania responsável”. O jovem deve “aprender a ser livre e ao mesmo tempo respeitar as diferenças”.

- “O desenvolvimento pessoal é um processo de aprimoramento das capacidades de agir, pensar, atuar sobre o mundo e lidar com a influência do mundo sobre cada um, bem como atribuir significados e ser percebido e significado pelos outros, apreender a diversidade e ser compreendido por ela, situar-se e pertencer”. Construir a identidade, a autonomia e a liberdade articulando saberes que transitam entre o local e o mundial.

- A escola deve ser, por princípio, “a escola que aprende, o currículo como espaço de cultura, as competências como eixo de aprendizagem, a prioridade da competência de leitura e de escrita, a articulação das competências para aprender e a contextualização no mundo do trabalho” (p.11)

- “Currículo é a expressão de tudo o que existe na cultura científica, artística e humana, transposto para uma situação de aprendizagem e ensino. Precisamos entender que as atividades extraclasse não são ‘extracurriculares’ quando se deseja articular a cultura e o conhecimento. Neste sentido todas as atividades da escola são curriculares, ou não serão justificáveis no contexto escolar. Se não rompermos essa dissociação entre cultura e conhecimento não conseguiremos conectar o currículo à vida – e seguiremos alojando na escola uma miríade de atividades ‘culturais’ que mais dispersam e confundem do que promovem aprendizagens curriculares relevantes para os alunos.” (p.13)

- “O conhecimento tomado como instrumento, mobilizado em competências, reforça o sentido cultural da aprendizagem”.

- “Quando o projeto pedagógico da escola tem entre suas prioridades essa cidadania cultural, o currículo é a referência para ampliar, localizar e contextualizar os conhecimentos que a humanidade acumulou ao longo do tempo”.

- Houve um tempo em que o currículo escolar foi confundido com um rol de conteúdos disciplinares. A LDB 9394/96 deslocou o foco do ensino para o da aprendizagem.
-“A transição da cultura do ensino para a da aprendizagem não é individual. A escola deve fazê-la coletivamente”.

- As competências adotadas são as mesmas cinco do ENEM: dominar a norma culta.../construir e aplicar conceitos.../selecionar, organizar, relacionar, interpretar.../relacionar informações.../ elaborar propostas...

- Destacar a dimensão prática do conhecimento.

- À área de Ciências Humanas e suas tecnologias e a disciplina Filosofia: superar a mera transmissão de conteúdos.

- Ampliar o significado e os objetivos sociais da Educação promovendo reflexões que permitam compreender melhor as relações histórico-sociais e, ao mesmo tempo, inserir o educando no universo subjetivo das representações simbólicas.

- Promover o debate interdisciplinar/multidisciplinar.

- Considerar as manifestações do pensamento inseridas em sua historicidade.
Temática:
· Por que estudar Filosofia?
· Áreas da Filosofia
· A Filosofia e outras formas de conhecimento: mito, senso comum, ideologia, religião, arte, ciência
· Introdução à Política
· Teorias do Estado – socialismo, anarquismo, liberalismo, totalitarismo
· Democracia e cidadania: origens, conceitos e dilemas
· Ideologia
· Introdução à Ética
· Autonomia e liberdade
· Formas contemporâneas de alienação moral: individualismo e condutas massificadas
· Relações entre moral e política
· Limites entre o público e o privado
· Desafios éticos contemporâneos: a ciência e a condição humana
· Introdução à Bioética

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